Friday 4 October 2013

Curaçao:Willemstad


Na véspera de partirmos para o Curaçao, os nossos vizinhos estiveram cá em casa a tomar café e mostraram-nos as fotografias dos belos dias que passaram nesta ilha das Caraíbas. Um dos locais que me chamou a atenção foi a cidade-capital, Willemstad e disse logo ao meu marido que tínhamos de lá ir.


A cidade é um caleidoscópio de cores. A arquitectura, de influência holandesa, é muito colorida (rosas, amarelos, azuis, vermelhos), sobretudo, na zona do cais. Aí, sim, os edifícios estão bem cuidados e conservados, bem como, os mais emblemáticos, ou seja, os edifícios governamentais, situados no Fort Amsterdam, em Punda.

Na fotografia abaixo, o primeiro monumento que vimos, após estacionar o carro no parque subterrâneo. Nada mau...Estávamos perante a Mikvé Israel-Emanuel Synagogue, considerada uma das mais antigas da América. Esta sinagoga, que data de 1692, foi construída por judeus sefarditas oriundos de Amsterdão e do Recife, no Brasil. De referir que os primeiros 70 judeus  que chegaram ao Curaçao eram de descendência portuguesa.



Embora tivéssemos iniciado o nosso passeio pela manhã, o calor era abrasador. O dia estava muito, muito quente e o sol escaldava. Logo me apercebi que teria de ver a cidade de uma forma mais apressada.
No caso de visitarem Willemstad, aconselho, vivamente, a utilização de protector solar de factor elevado, quer no rosto, quer no corpo, para evitar escaldões. Levem também garrafas de água para não desidratarem durante o passeio, óculos de sol para não encadearem com a luz, boas sandálias e creme refrescante para os pés para evitar inchaços devido ao calor, e chapéu, claro. Só me esqueci do chapéu no resort...Cabecinha de vento, pois...

Depois do passeio junto aos principais monumentos, seguimos para o cais, para tirar mais umas fotografias, incluíndo ao edifício Penha.



No entanto, as temperaturas elevadas dificultavam a tarefa (sei que estas fotografias não estão lá grande coisa). As duas fotos abaixo são do outro lado da baía, ou seja, da Otrobanda, considerada a zona mais pobre da cidade. Este bairro tem sido alvo de recuperação e há ruas onde o contraste entre o estado das casas é deveras flagrante: umas muito bem recuperadas, outras em muito mau estado.





Para ir de Punda à Otrobanda, atravessámos a ponte Rainha Emma (assim chamada em honra da Rainha Emma dos Países Baixos).
Na imagem abaixo: Punda, vista a partir da Otrobanda.



Ao meio dia, já estava a sentir-me mal com o calor e procurámos abrigo em Rif Forte, onde acabámos por almoçar ao fresco. Neste forte, funciona um centro comercial, com lojas de luxo, restaurantes, cafés e esplanadas.





Após o almoço, voltámos ao hotel para tomar um duche e descansar.

Uma vez que alugámos o carro por três dias para explorar a ilha, voltámos novamente a Willemstad, num fim de tarde, para conhecer mais um pouco da cidade. Desta vez,  fomos até ao seu ponto mais alto, o Fort Oranje Nassau (assim chamado em honra da Casa Real holandesa). Este forte, onde, agora, funciona um restaurante, oferece belas panorâmicas da cidade de Willemstad.


De lá, podemos ver também a refinaria, situada próximo do aeroporto. Ao passar, de carro, pela refinaria, nota-se logo o cheiro. Esta refinaria, que já foi propriedade da Shell e depois do governo, pertence, neste momento, à empresa venezuelana PDVSA.


Se voltarmos a Willemstad, quero visitar, com mais atenção, o bairro judaico de Scharloo em Punda, com as suas bonitas mansões de estilo italiano, construídas pelos judeus sefarditas que habitaram a ilha, bem como, desta vez, sem falta, o Museu Kura Hulanda dedicado ao comércio escravo transatlântico levado a cabo entre os séculos XVII e XIX. Tive imensa pena de não ter visitado este museu, mas, já não me senti em condições, devido às temperaturas elevadas que se fizeram sentir e ao muito que já tinha caminhado nessa manhã.

3 comments:

Margarida Elias said...

Deve ser uma cidade bonita. Gostei das fotografias. Bjns!

GL said...

Não há duvida, a Sandrinha faz mesmo falta por aqui! O seu poder descritivo consegue proporcionar-nos visitas a esses locais tão bonitos que tem visitado. Se juntarmos a tudo isto apontamentos históricos e conselhos de ordem prática, só me resta agradecer, felicitá-la.

Beijinho e...?
... obrigada :)

Presépio no Canal said...

Margarida e GL,

Peço desculpa por responder só agora aos vossos comentários.

Margarida, a cidade tem áreas bonitas, outras precisam de uma grande recuperação, que, pelo que percebi, está em curso, o que é muito positivo. ;-)
Mas, definitivamente, a visitar com temperaturas mais suaves. :-))
Beijinho grande e continuação de bom fim-de-semana. :-)
PS: Foste muito generosa no que toca às fotos...;-) Mas não deu mesmo para fazer melhor...

GL, Muito obrigada, mais uma vez, pelas generosas palavras. Fico contente que tenha gostado. Achei esta viagem muito interessante, não só pelas praias, mas também pelo que aprendi em termos de História. Ainda tenho mais umas achegas e apontamentos para partilhar. Brevemente...:-)
Beijinho grande e continuação de bom fim-de-semana!